Numa
cidade do interior paulista morava um rapaz que era daquele tipo de homem que
se considerava o último machão do mundo. Aquele tipo que se acha o último
biscoito do pacote.
Diante
da folga do convencido os colegas dele resolveram desafiá-lo para que ele mostrasse
toda valentia e coragem que ele, insistentemente, dizia ter.
Os
colegas propuseram que ele montasse em um dos touros bravos que estavam ali na
cidade por conta de uma festa de peão de rodeio que iria acontecer durante a
semana. Ele deveria ficar ali em cima do animal pelo menos uns cinco segundos.
O
rapaz não amarelou e logo se colocou a disposição para enfrentar o tal do desafio.
Isso ele aceitou prontamente, pois era a grande chance que ele estava esperando
para mostrar para a turma que ele era, de fato, um homem de caráter, um homem
de palavra e um homem de muita, mais muita coragem mesmo.
O
desafio só pelo desafio já seria gratificante. O valentão faria qualquer coisa
para ver a cara de espanto dos colegas medrosos. Mas ele ainda tinha outro
motivo para enfrentar tal empreitada: o organizador do rodeio disse que se ele
conseguisse o tal feito de permanecer cinco segundos montado num touro bravo ele
teria caminho livre para lascar um baita beijo na bela rainha do rodeio.
E lá
foi o valentão para o tal do desafio:
- Ok!
Que touro que eu vou montar? Perguntou o rapaz
-
Bom! Nós temos esse touro aqui. É o Tiradentes. Respondeu o homem que era o responsável
pelos touros
- Tiradentes?...Uái
sô! Não tem outro touro não. Esse touro aí parece que é muito bravo. Olha só a
cara de poucos amigos dele...
- Temos
sim. É aquele ali. É o Exterminador. Qual deles você prefere?
Edilson
Rodrigues Silva