Quem entrasse naquela casa tinha que esfregar o pé naquele tapete. Ele era o maior torcedor do Corinthians no bairro todo, no bairro não, na região. Ele era tão fanático que até havia colocado uma bandeira do timão enorme lá no telhado da casa que é pra não deixar dúvidas: ali morava um corintiano prá lá de assumido e feliz.
Ao contrário dele, a esposa tinha mais noção das coisas, era equilibrada, tinha bom senso e torcia para o Maravilhoso Tricolor do Morumbi, o Super, o Hiper, o Mega, o Máxi Campeão Brasileiro... Ufa! Também vai ter titulo assim lá...
Por isso que, quando chegava alguém na casa deles ela logo falava:
Por isso que, quando chegava alguém na casa deles ela logo falava:
- Oi! Por favor, queira limpar os seus pés neste confortável tapetinho... Não! Limpa direito! Não tenha dó não. É para limpar mesmo, pode esfregar o pé com vontade.
Às visitas, é claro, estranhavam tal atitude e algumas perguntavam:
- Porque que você insiste tanto para que nós limpemos os pés dessa maneira por acaso você tá com mania de japonês?
- Não é nada disso! O meu marido comprou esse tapete e não quer que ninguém pise nele. Eu não concordo! Além de qualquer tapete ser feito para ser pisado este, em especial, me parece bem gostoso para isso. Você por acaso já viu um corintiano que não seja sofredor? Claro que não! Pois é, com esse daqui não poderia ser diferente né? Então pisa ai com vontade. Completou a dona da casa.
Às visitas, é claro, estranhavam tal atitude e algumas perguntavam:
- Porque que você insiste tanto para que nós limpemos os pés dessa maneira por acaso você tá com mania de japonês?
- Não é nada disso! O meu marido comprou esse tapete e não quer que ninguém pise nele. Eu não concordo! Além de qualquer tapete ser feito para ser pisado este, em especial, me parece bem gostoso para isso. Você por acaso já viu um corintiano que não seja sofredor? Claro que não! Pois é, com esse daqui não poderia ser diferente né? Então pisa ai com vontade. Completou a dona da casa.
Edilson Rodrigues Silva
